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Documentário “Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil” já pode ser visto no Youtube.

Publicada em 28/01/25 às 09:54h - 158 visualizações

Paola Zambianchi


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Documentário “Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil” já pode ser visto no Youtube.
 (Foto: Nana Leme)

“A história do Brasil é também uma história da censura”, afirma Fernando Calderan, um dos diretores do documentário “Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil”, lançado nesta terça-feira (28).

Em pouco menos de 35 minutos, o filme dirigido também por Fernando Luiz Bovo, Matheus de Moraes e Renan Negri, traz as reflexões de integrantes das bandas Cólera, Inocentes, Garotos Podres, Ratos de Porão, Olho Seco e Ulster sobre o universo rebelde e contestador do Punk Rock das décadas de 1970 e 1980. O documentário, já disponível no Youtube, revela os impactos da repressão na cena punk ao abordar parte dos vetos da Censura Federal às músicas do estilo, numa tentativa de calar as vozes que desafiavam o sistema.
Clemente e Ariel (Inocentes) // Foto: Nana Leme
“Não é Permitido” surgiu de uma pesquisa, realizada desde 2021 por Fernando Calderan e Renan Negri, sobre a censura ao Punk Rock, que em breve será transformada em livro. O trabalho identificou mais de 80 músicas encontradas com o carimbo da censura, e documentos que demonstram a perseguição ao movimento, observado de perto pela polícia. “Os documentos foram resgatados da antiga Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP) e trazem à tona estratégias usadas para sufocar o movimento. No registro em audiovisual fizemos um recorte dos casos de censura ao Punk Rock, não contemplando bandas como Os Replicantes, Camisa de Vênus e Atack Epiléptico”, revela Negri.
Gravação com Mao (Garotos Podres) // Foto: Nana Leme
Matheus de Moraes lembra que a ausência de algumas bandas, indica o desejo de continuar. “Este trabalho é uma oportunidade de valorizar toda uma história de resistência e arte", diz. Já para Fernando Bovo, este trabalho é muito importante por trabalhar memória, oralidade e documentos históricos. “Temos aqui uma obra que resgata e ao mesmo tempo constrói”, afirma.

Clemente Nascimento (Inocentes), Jão (Ratos de Porão), Mao (Garotos Podres), Val (Cólera / Olho Seco), Ariel Invasor (Inocentes - à época), Pierre (Cólera) e Vlad (Ulster) são os personagens que contam suas histórias durante aquele período sombrio, e a forma que encontraram de não permitir que a censura apagasse a arte de cada uma das bandas, reafirmando o poder da música como ferramenta de resistência e expressão cultural.